Lago Escondido e Fagnano – passeio aventura para quem visita Ushuaia
- Atualizado em 26 de novembro de 2015 - lagos, natureza, patagonia, ushuaiaConheci o Lago Escondido e Lago Fagnano em um dos cinco dias que fiquei em Ushuaia, como parte do meu roteiro aventureiro solo pela Patagônia em 2014.
O passeio durou seis horas e me custou na época em torno de 900 pesos, com almoço incluso. Como eu havia montado todo o meu roteiro, adquiri o passeio pessoalmente enquanto já estava em Ushuaia na agência Tierra Turismo. Era uma empresa que não conhecia, mas, por sorte deu tudo certo.
Fiz questão de fazer um post sobre a atividade pois achei o programa muito interessante, especialmente por causa da paisagem, bastante bonita e por causa da atividade em si, que me pareceu um churrasco entre amigos.
Quando cheguei ao “Fin del Mundo” viajava solitariamente.
Queria paz. Queria encher os meus olhos e sentir a pele arrepiar por algo novo,
fosse o frio intenso ou a descarga de adrenalina das aventuras em que me jogava todos os dias na bela Patagônia.
Quando cheguei aos lagos Fagnano e Escondido o vento uivava forte e transformava a calmaria em ondas que marejavam a paisagem.
Assim como eu, o lago não era todo mar, mas, por ora sentia-se como o mar,
balançando forte a árvore que ali insistia em descansar.
A Land Rover da empresa nos buscou por volta das 09 da manhã e partimos rumo ao norte da ilha pela Rota Nacional Número 3, passando por montanhas e cerros. A estrada aqui, por enquanto, é asfaltada.
Nossa primeira parada foi no Passo Garibaldi, mirante que possibilita uma visão conjunta dos dois lagos.
Ao cruzarmos a Cordilheira dos Andes começa a parte mais aventureira do passeio. A terra é de lama e é possível ver imensos diques construídos pelos castores, aqueles bichinhos dentuços que derrubam árvores para construir represas de água, onde nelas habitam.
Primeiramente, tivemos uma visão panorâmica do Fagnano, um espelho d´água de 98 Km de extensão, dos quais uma porção pertence à Argentina e outra ao Chile.
Depois passamos pela orla do Fagnano. Venta muito.
Por último, fizemos uma pequena caminhada por um bosque com muita barba de bode, também conhecida como barba de velho ou barba de pau, plantinha que comprova o quão puro era o ar da região.
Para quem não sabe, a barba de bode é encontrada em áreas de elevada umidade atmosférica e não suportam intensa poluição. Pelo fato de absorver os nutrientes do ar, também acumula poluentes e por este motivo a planta é considerada bioindicadora de qualidade do ar.
E logo chegávamos ao Lago Escondido.
Depois de algumas fotos, caminhamos até um refúgio no meio do bosque, onde tivemos almoço preparado pelos guias. Comemos petiscos, um bom assado e bebemos um vinhozinho. Assim que finalizamos o almoço, iniciamos a volta para nossas hospedagens, onde chegamos por volta das 17 horas.
Alto: A natureza bonita, o guia muito gentil, um pouco de aventura na 4×4 sem ser muito cansativo, o almoço no refúgio que apesar de simples, foi regado a vinho e soou como confraternização de amigos no refúgio.
Baixo: Com o super vento que tinha no dia, não deu para passearmos de caiaque no lago (incluso no pacote), que muito me interessava. Mas, na natureza quem manda é ela!